sábado, 31 de julho de 2010

Esperança


Quando a chuva passa a fazer falta, mesmo a quem adora um belo dia ensolarado. Quando as janelas precisam ser fechadas, mesmo que assim fique incomodamente mais quente. Quando acordar supera o peso de passar uma noite inteira trabalhando... É sinal de que a infância virou saudade dolorida. Não que exista outro tipo de saudade, porque de fato não existe. Mas uma saudade dolorida é mais que apenas sentir a falta. É querer, é tentar, e é não conseguir REVIVER. Frustrado, aquele que tenta tal feito acaba se conformando com o dia-a-dia cego de cada dia, aquilo que nos é ensinado como forma de suportar melhor. Claro, é melhor fingir que a queda não doeu do que ficar lá no chão chorando até que alguém finalmente apareça pra ouvir nossos berros. É isso que se faz até que se encontre a esperança. Uma criança procuraria em todos os lugares. Adultos não têm esperança de encontrar a esperança. E elas, as crianças, procuram até achar. E acham! Porque levam a sério quando alguém diz o nome do pequeno inseto esverdeado que voa sobre suas cabeças. Quem sabe um dia, quem tanto quer reviver a esperança, deixe-a entrar pela janela.